Livro Perifeminas Volume I - Malu / Flor do Guetto do Rio Grande do Sul , Presente !


Livro Perifeminas Volume I

Sinópse
Imagine um livro inteiro só feito por mulheres. Agora imagine um livro inteiro feito por mulheres de verdade, que lavam, passam, cozinham, amam, vivem, trabalham e ainda militam nas causas femininas e nos direitos do ‘sexo frágil’. Ele é real. Trata-se do projeto Perifeminas, idealizado pela Frente Nacional de Mulheres no Hip-Hop (FNMH²). Por meio de oficinas sobre a história do Hip-Hop, a mulher e a sociedade, redação e edição de texto, diferenciação de conteúdo, linguagem, gíria, gramática, ilustrações, marketing e publicação, 60 mulheres foram contempladas com a oportunidade de publicar seus contos, poesias e desabafos. Surge, na história do Hip-Hop o primeiro livro feito inteiramente por mulheres. Nele, será possível ler as vivências, dramas e conquistas ligados a cultura urbana e ao dia-a-dia nas periferias.


Características do Livro:
ISBN: 978-85-7984-580-2
Autor: 60 Autoras
Editora: Livre Expressão
Categoria: Crônica / Hip-Hop
Ano: 2013
Páginas: 88
Dimensões: 14X21 cm.
Estoque: Disponível

Categoria: Crônica / Hip-Hop 

Flor do Guetto / RS


Perifeminas 
Por Cidinha da Silva

PERIFEMINAS: uma história do Hip Hop narrada por mulheres! Assim eu chamaria esta obra de vozes e olhares múltiplos. Algumas autoras apresentam o currículo, listam os feitos no movimento Hip Hop e isso também é significativo, dada a pouca consideração pública à participação transformadora e estruturante das mulheres na cena. Outras refletem de maneira mais ampliada e filosófica sobre o movimento e sua própria trajetória. Outras, ainda, ensaiam bons textos de ficção como “Banquete de reis.”

As autoras fazem elegia a elas mesmas, são plenas de orgulho e amor para contar histórias de mulheres que estiveram na base da projeção de vários homens, escondidas, carregando o piano. Contam também histórias de mulheres que ousaram lançar CDs, sozinhas, sem qualquer tipo de apoio. Há tímidos suspiros de crítica interna à presença e ação das manas na cena.

Mulheres cristãs, rastafáris, católicas, candomblecistas e umbandistas, umas tantas sem crença religiosa, professam dois lemas fundamentais: o primeiro, “O Hip Hop salva” e o segundo, “Lugar de mulher é onde quer que ela queira estar.”

Embora possa parecer expressão messiânica, ter tido a vida salva pelo Hip Hop foi realidade para muitos manos e manas que ouviram uma frase de promoção do amor próprio, um verso de solidariedade, uma palavra de  respeito ao que se é, pelas ondas do rádio, quando estavam tristes e depressivos, sem perspectiva pessoal e político-social na quebrada.

Há mais do que MCs, Bgirls e grafiteiras neste PERIFEMINAS, todas as autoras do livro “criaram-se” no Hip Hop. Foi ali que muitas passaram a entender-se e afirmar-se como negras. Outras, não-negras, constituíram uma irmandade estética, de classe e gênero, passando a praticar a solidariedade racial.

PERIFEMINAS nos conta muito de nós, do que sabemos e do que estamos por descobrir. Que a leitura nos apresente mais de nós mesmas.
 

Link :
http://www.literarua.com.br/site/index.php/2011-05-06-15-22-51/cronica/80-perifeminas

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